terça-feira, 15 de junho de 2010

Desabafo

Copa, depois de ler tua manifestação decidi fazer um desabafo também. Na verdade gostaria que tu fosse mais minha amiga. Talvez essa carta sele um pacto de amizade entre nós.

Creio que não viverei tanto tempo. Ainda sou nova, mas já passei por várias experiências. A primeira delas foi uma agulhada que me encheu de esperança. Me apertavam, me entreolhavam e alguns segundos ganhei o ar, ganhei o mundo. Alguém que vestia algo que parecia um uniforme me ergueu como se fosse um troféu. Me olhou nos olhos e me deu um tapinha de saudação ao mundo.

Depois disso uma enfermeira me levou até o berçário. Todo mundo me olhava, queria apertar minhas bochechas, me tocar. Conseguia ouvir cochichos. Diziam que eu era diferente. Mais leve que o normal e mais espevitada também. Mesmo assim o pessoal me olhava com cobiça. Com gana. Com desejo. Fiquei toda boba. Toda exibida.

Até que me tiraram daquele aquário. Começava minha vida. Fizeram alguns teste comigo. Diziam que eu era superdotada, um prodígio, uma obra perfeita dos deuses. Depois de todos os elogios e saudações deixei que me usassem como bem entendiam. Qualquer um que se aproximava me tinha como queriam e podiam. Alguns até me controlavam, outros não tinham tanta intimidade comigo nem com minha família.

O tempo passava rápido. Na mesma proporção ganhava experiência nas viagens pelo mundo afora. Ganhei mais depressa ainda. O pessoal que antes me adorava passou a me fazer críticas severas. Parecia um complô. Era uma bola de neve. Todos decidiram falar mal de mim. Meu analista disse que era pelo meu rompante e além do mais eu já não passava tanta confiança para ninguém.

A culpa não era minha. Eu só queria ser amada. Tinha gente que até me beijava e abraça e me defendia. Afinal ainda existe Direitos Humanos. A imprensa me procurava. Virei manchete no mundo inteiro. Não conseguia me redimir. Continuavam me humilhando, me surrando, dizendo que eu era a ovelha negra da minha família. Eu era um cachorro morto e ainda me chutavam. De um lado para o outro. Ninguém queria conversa comigo. Diziam que eu era uma farsante.

Por alguns lugares que passei o ódio por mim é unânime. Não houve direito de resposta. Tudo aconteceu rápido demais. Em pouco tempo não aparecia mais em público. Só rodava por vilarejos. Ainda assim era motivo de chacota, mas o pessoal tinha o mínimo de respeito por mim. Em lugares mais humildes o pessoal se esmerava para me receber em casa. Apesar de dificuldades preparavam até churrasco para me recepcionar. Se eu era amada de verdade não sei, mas tinha gente que se exibia por estar por perto de mim. Pediam fotos e quase sempre marcavam novos encontros, mesmo sem entender meu nome e fazer confusão não cansavam de correr atrás, pena que vou morrendo a cada encontro. É por isso que vou fazendo minhas peripécias. Eu só quero ser amada e ficar para história.

Att,

Menina Jabulani

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Copa do Mundo, muito prazer!

Boa noite!

Resolvi mandar uma carta aberta ao mundo, pois já cansei de escutar milhões de pessoas falando de mim, mal ou bem, e eu escutando tudo isso sem manifestar reação. Então, vou expor minhas qualidades e defeitos, e você que estiver lendo isto no metrô, ou sentado na privada, pensa o que bem entender.

Este ano, comemoro meu 80º aniversário. Nasci no Uruguai, em meados de 1930. Nessa época pouquíssima gente me respeitava, atualmente sou famosa em todo o planeta. Fui criada para unir os povos em uma festividade futebolística a cada quatro anos. O engraçado é que hoje em dia tem gente me usando até como carro-chefe de plataforma político-eleitoreira. Vê se pode(risos)!

Um desses caras aí, não lembro bem o nome(mas enquanto conversávamos percebi que ele não tinha um dos dedos da mão), veio me convidar para comemorar meu aniversário de 2014 no seu país. A ideia dele, utilizando meu reconhecimento mundial, é atrair visitantes e mostrar sua nação para o mundo, além, é claro, de se auto-promover. Mas o coitado mal sabe que isso implicará num alto custo. Segurança, hotel de alto nível e muita mão-de-obra à minha disposição. Também quero alguns pontos turísticos para tirar fotos, porque também sou de ferro, mas acredito que essa parte seja fácil. Vai saber também se estarei vivendo até lá...

Com esse pensamento, sigo minhas férias aqui na África, lugar onde vim para trazer alguns sorrisos para este povo sofrido daqui, assim como faz Rita Cadillac quando visita os presídios paulistas.

Obrigado pela atenção,
Copa do Mundo

Roth, o melhor do Brasil

Tudo bem que não sonhava com o Celso Roth no colorado, mas a realidade foi bastante favorável a sua contratação. Tudo conspirou. Os "gremistas" Felipão e Adilson além de exigências como de levar toda comissão técnica por altos salários eles são gremistas. Claro que qualquer colorado faria vista grossa para a identificação do Felipão com os tricolores.
Depois do anúncio do Roth como substituto de Jorge Fossati, me disseram: "A boca fala o c# paga". se referindo ao fato de eu sempre defender que o Roth é o melhor treinador do Brasil.
Eu explico porque. A exemplo deos últimos anos, quando treinava o próprio Grêmio e depois o Atético Mineiro, ambos com plantel de reduzida qualidade técnica. Apesar disso Roth classificou o time gaúcho para a Libertadores do ano seguinte. Tudo isso com um time que no início do campeonato era cotado para na melhor das hipóteses na zona da Copa Sul Americana. Na base de empenho, entrega, união do grupo e alguns raros lampejos de criatividade de alguns jogadores o Grêmio chegava na área adversária e no bate-rebate empurrava a redonda para o fundo das redes (às vezes ela nem balançava). Mais ou menos assim foi no clube mineiro.
Sei que vão mecontra-argumentar que nos dois casos citados ele foi uma espécie de flanelinha, guardando lugar para quem vinha de trás e na reta final o ultrapassa. Um Rubinho.
Ou então vão dizer que ele não ganha Gre-Nal.
Pois eu respondo que não vejo o colorado como campeão brasileiro em dezembro, no máximo como Campeão da Libertadores, agora após a Copa do Mundo e em dezembro Campeão Mundial de Clubes, como em 2006. Portanto se o contestado Roth nos colocar no G4 está ótimo. Ah, no Gre-Nal do 5 a 2 era o Roth na casamata.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Achados & Perdidos: Sangaletti

Marcelo Antônio Sangaletti nasceu em Dois Córregos(SP), no dia 1º de junho de 1971, mas mudou-se cedo com a família para São Carlos(SP). Começou no futebol como volante, no XV de Jaú. Com o bom futebol que demonstrou, foi aos 24 anos para o Guarani. Após duas temporadas em Campinas, transferiu-se para o Corinthians, onde foi campeão paulista de 1997. Sangaletti tornou-se zagueiro, e antes de vir para o Internacional, ganhou ainda cinco títulos pernambucanos, atuando pelo Sport(1998, 1999 e 2000) e pelo Náutico(2001 e 2002). Chegou à Porto Alegre no início de 2003, e participou das conquistas dos estaduais de 2003, 2004 e 2005. Porém, durante a temporada, Sangaletti optou por encerrar relativamente cedo sua carreira como jogador, aos 34 anos, devido à uma luxação no braço que inviabilizou seu aproveitamento durante vários jogos do Inter pelo Campeonato Brasileiro.

Sangaletti seguiu no meio futebolístico, onde trabalhou durante o ano de 2008 como superintendente de futebol do Náutico. Mas após um desentendimento com o então treinador Roberto Fernandes, o ex-zagueiro deixou o clube. No segundo semestre de 2009, após a saída do treinador, retornou ao clube pernambucano, para ocupar a mesma função que desempenhava.

Frases do futebol: Correria e Sorte

"Tática de futebol é como máquina fotográfica: a cada três meses surge um modelo novo, e o anterior fica obsoleto." (Carlos Bilardo, técnico argentino)

"Até 1970 o futebol era jogado, hoje é corrido." (Otacílio Gonçalves, ex-treinador e comentarista)

"Técnico qualquer pessoa é, mas jogador precisa saber jogar." (Edinho, ex-jogador e técnico)

"Eu não acredito em sorte no futebol, mas acho que ela é necessária." (Alan Ball, ex-jogador inglês)

"Os jogadores de futebol nunca sabem porque são substituídos - até virarem técnicos." (Bobby Robson, ex-jogador e técnico inglês)

"O melhor lugar para se defender é na grande área - do adversário." (Jock Stein, técnico escocês)

Frases do futebol: Brincadeira de criança

"Futebol é um aprendizado de longa duração, como violino e piano: as primeiras e melhores lições devem ser aprendidas na infância." (Gabriel Hanot, um dos fundadores da FIFA)

"Futebol é anterior ao sexo." (Nelson Rodrigues, jornalista e dramaturgo carioca)

"A pelada é a matriz do futebol." (Chico Buarque de Holanda, compositor e cantor)

"Futebol é a única orientação universal." (João Havelange, ex-presidente da FIFA)

"Qualquer menino pode jogar futebol sozinho, apenas com uma parede como parceria: por isso ela é o único titular de todos os jogos da infância." (Jorge Valdano, técnico argentino)

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Achados & Perdidos: Sílvio



Sílvio Renato Nunes nasceu em Joinville, no dia 1º de setembro de 1965. Sílvio iniciou a carreira no Joinville Esporte Clube, em 1985. Atuou ainda pelo Santo André e pelo União São João, antes de vir para o Grêmio em 1995. No tricolor gaúcho ficou até o fim do ano 2000.



A carreira do goleiro ficou marcada por uma partida com a camisa gremista, na primeira partida da semifinal da Copa do Brasil de 1997. Danrlei, o goleiro titular, tinha sido expulso nas quartas-de-final, contra o Vitória. Murilo, o reserva imediato, começou jogando a semifinal contra o Corinthians, e Sílvio ganhou uma vaga no banco de reservas. Durante a partida, Murilo evita um drible de Tulio com a mão, fora da área, e é expulso pelo árbitro Márcio Rezende de Freitas. Então, Sílvio foi acionado pelo treinador Evaristo de Macedo. Esta partida ainda lhe reservara mais emoções. No final da segunda etapa, o juiz marca um pênalti duvidoso de Roger em cima do lateral Rodrigo. Marcelinho Carioca, que já havia feito um gol de falta, executou a cobrança, rasteira, e Sílvio acompanhou de perto a bola que passou por ele, mas não pela trave direita. Sílvio, o herói momentâneo, acabou esta partida com um dedo da mão quebrado. O Grêmio venceu por 2 a 1 e encaminhou a classificação que viria na outra semana, em Porto Alegre.



Após encerrar a carreira, Sílvio trabalhou no Joinville Esporte Clube como preparador de goleiros e treinador das categorias de base. Hoje, é treinador da Sociedade Desportiva Camboriuense.